Sejam bem vindos ao blog Doçura do Saber


"Todas as coisas me são lícitas,
mas nem todas edificam."

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas,
não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram.
Homens que sejam criadores, inventores, descobridores.
A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar,
verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."
(Jean Piaget)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Texto Reflexivo: Marca pessoal.


Flávio trabalhava em uma empresa há dois anos. Sempre foi um funcionário sério, dedicado e cumpridor de suas obrigações. Nunca chegava atrasado. Por isso mesmo já estava há dois anos na empresa, sem ter recebido uma única reclamação.

Certo dia, ele foi até o diretor para fazer uma reclamação:
- Sr. Gustavo, tenho trabalhado durante estes dois anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado. Fiquei sabendo que o Fernando, que tem o mesmo cargo que eu e está na empresa há somente seis meses já será promovido ?!?...
Gustavo, fingindo não ouvi-lo disse:
- Foi bom você vir aqui. Tenho um problema para resolver e você poderá me ajudar. Estou querendo oferecer frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço de hoje. Aqui na esquina tem uma barraca de frutas. Por favor, vá até lá e verifique se eles tem abacaxi.
Flávio, sem entender direito, saiu da sala e foi cumprir a missão.
Em cinco minutos estava de volta.
E aí Flávio? - Perguntou Gustavo.
- Verifiquei como o senhor pediu e eles tem abacaxi sim...
- Quanto custa?
- Ah, Isso eu não perguntei...
- Eles têm abacaxi suficiente para atender a todo nosso pessoal? - Quis saber Gustavo.
- Também não perguntei isso...
- Há alguma fruta que possa substituir o abacaxi?
- Não sei...
- Muito bem Flávio. Sente-se ali naquela cadeira e aguarde um pouco. O diretor pegou o telefone e mandou chamar o novato Fernando. Deu a ele a mesma orientação que dera a Flávio. Em dez minutos, Fernando voltou.
- E então ??? - Indagou Gustavo.
- Eles têm abacaxi sim seu Gustavo. E é o suficiente para todo nosso pessoal e, se o senhor preferir, têm também laranja, banana, melão e mamão. O abacaxi custa R$1,50 cada; a banana e o mamão custam R$1,00 o quilo; o melão custa R$1,20 cada e a laranja custa R$20,00 o cento, já descascada. Mas como eu disse que a compra seria em grande quantidade, eles nos concederão um desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo o pedido. - Explicou Fernando.
Agradecendo pelas informações, o patrão dispensou-o.
Voltou-se para Flávio, que permanecia sentado e perguntou-lhe:
- Flávio, o que foi que você estava me dizendo?
- Nada, patrão. Esqueça. Com licença...
E Flávio deixou a sala...
"Se não nos esforçarmos em fazer o melhor, mesmo em tarefas que possam parecer simples, jamais nos serão confiadas tarefas de maior importância.
Todas as vezes que fazemos o uso correto e amplo da informação, criamos a oportunidade de imprimir a nossa marca pessoal.
Você pode e deve se destacar, até nas coisas mais simples, como Fernando."

Texto Reflexivo: A vaquinha.

Um mestre passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita.
Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.
Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar: sem calçamento, casa de madeira, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas.

 Então se aproximou do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou: "Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?"
E o homem calmamente respondeu: "Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros alimentícios e a outra parte nós produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo."
O sábio agradeceu pela informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou: Pegue a vaquinha, leve-a ao precipício e empurre-a, jogue-a lá embaixo."O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato de a vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo .

Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos, até que, um belo dia, ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar àquele mesmo lugar e contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los. E assim o fez.
Quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver. Apertou o passo e, chegando lá, foi logo recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos. O caseiro respondeu: "Continuam morando aqui."
Espantado, o discípulo entrou correndo na casa e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):
"Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida? "
E o homem, entusiasmado, respondeu: "Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que podíamos, assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora!"

Esta é uma história apenas ilustrativa, o sentido conotativo diz que todos nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma convivência com a rotina. Nós devemos expandir nossas habilidades e conhecimentos, estar sempre aprendendo coisas novas e se desenvolvendo para que um dia, se esta "vaquinha" cair num precipício, você terá outras vaquinhas, que a perda não lhe fará diferença.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Torcida pela vida - Carlos Drummond de Andrade

Vídeo com uma mensagem muito legal de Carlos Drummond
Clique aqui
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ou apenas leia a mensagem:


"Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você.
Tinha gente que torcia para você ser menino.
Outros torciam para você ser menina.
Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai.
Estavam torcendo para você nascer perfeito.
Daí continuaram torcendo.
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra, pelo primeiro passo.
O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida. E o primeiro gol, então?
E de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.
Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para o quiabo e a escarola.
Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.
Começou a torcer até para um time.
Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os
dentes, estudar inglês e piano.
Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.
Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão.
Eles também estavam torcendo para você ser bacana.
Nessas horas, você só torcia para não ter nascido.
E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.
Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir. E quando
os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.
Depois começou a torcer pela sua liberdade.
Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua.
Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa. Passou a torcer o nariz
para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer
opinião dos seus pais. Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.
Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.
Torceu para ser médico, músico, advogado.
Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol.
Seus pais torciam para passar logo essa fase.
No dia do vestibular, uma grande torcida se formou.
Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.
Na faculdade, então, era torcida pra todo lado.
Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela.
Primeiro, torceu para ela não ter outro.
Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro.
Descobriu que ela torcia igual a você.
E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho. Torceram
para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.
E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida. Porque,
mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas.
Mas muita gente ainda torce por você! "

Texto Reflexivo: Milho de pipoca que não passa pelo fogo, continua a ser milho para sempre


Assim acontece com a gente.As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de um mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego, ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: Pânico, medo, ansiedade, ansiedade, depressão ou,
Sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!

Sem fogo o sofrimento diminui.
Com isso, a possibilidade de grandes transformações também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pense que a sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de suas cascas duras, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM!
E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras as vidas inteiras.
Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva.
Não vão dar alegria para ninguém.

Extraído do livro “O amor que acende a lua” de Rubem Alves – Editore Papiros.

Texto Reflexivo: Loja da Educação

Caminhando pela rua vi uma loja que se chamava Loja da Educação.
Entrei na loja e vi um professor no balcão.

Maravilhado lhe perguntei:
- Professor o que vendes?
Ele me respondeu:
-Tudo que necessitas para ter uma Educação.
-Custa muito caro?
-Não tudo é de graça.
Contemplei a loja e vi jarros de respeito, pacotes de esperança e dedicação, caixinhas de amor, sabedoria, flexibilidade de compromisso.
Tomei coragem e pedi:
-Por favor, quero muito amor, respeito, bastante sabedoria, esperança enfim..
Educação para mim, para minha família e toda a comunidade.

Então o professor preparou um pequeno embrulho que cabia na minha mão.
Sem entender perguntei-lhe:
Como é possível colocar tantas coisas nesse pequeno embrulho?
O professor respondeu-me sorrindo meu querido,

aqui na loja da educação não oferecemos frutos apenas sementes.
Autor Desconhecido